semtelhas @ 11:02

Qui, 27/02/14

 

Observando um jogo de futebol em Inglaterra confirmo quanto é diferente a forma como é praticado naquele país! As interrupções são raras, os jogadores estão sempre concentrados e correm durante o jogo todo, o público permanentemente atento porque absolutamente preso ao espetáculo, sobretudo pela genuína, digna e completa entrega de todos. Porque é que só ali é assim?

 

No período inicial do desafio, aí até ao primeiro quarto de hora, ainda se pode assistir, lá e práticamente por todo o lado, às multiplas quedas dos jogadores, alegando terem sofrido alguma espécie de impedimento ilegal para poderem prosseguir a jogada mas, passado esse período, como que por magia, raramente caem, e se acontece, logo se levantam enérgicamente tentando dar sequência ao jogo.

 

Na verdade o que se passou nada teve de mágico, simplesmente o árbitro, quem ajuíza da veracidade das queixas dos jogadores, tem um extremo cuidado na aplicação desse juízo, utilizando um enorme rigor na aplicação das leis, recorrendo sobretudo a uma notável capacidade de concentração, acompanhamento de perto, inteligência, honestidade e bom senso, ou seja qualidade e profissionalismo.

 

E aí está a grande diferença! Ao longo de muitos anos foi-se alegando tal fenómeno ao facto do futebol praticado nas ilhas britânicas ser muito mais direto, logo sujeito a muito menos contacto físico, mas hoje esse mesmo futebol está pejado de jogadores do continente, de Africa, e da América do Sul, pródigos na arte da ilusão, e acontece rigorosamente a mesma coisa, como o prova um desafio disputado em qualquer parte do mundo se arbitrado por um juíz britânico.

 

Sem pretender, até por manifesto desconhecimento, analisar as razões sócioeconómicas e/ou culturais para as causas desta diferença, os efeitos são óbvios para qualquer um, o desempenho de todos muito mais empenhado, franco e, consequentemente, também mais frutuoso, em mais nenhum lugar se obtêm estatísticas de produtividade futebolística tão elevada. Será uma questão de formação cívica e profissional?

 

Apetece mesmo utilizar o futebol como metáfora para o resto da sociedade e perguntar, se esses mesmos princípios fossem aplicados em matérias muito mais importantes os benefícios não seriam similares? Voltando ao futebol, quantas vezes nos jogos caseiros ficámos com a sensação que a justiça aplicada foi a do poder? E não é assim em tudo o resto?

 


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"O medo de ser livre provoca o orgulho de ser escravo."
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