semtelhas @ 13:06

Dom, 12/04/15

 

O incremento da ação da robótica e da Inteligência Artificial em geral no seio da sociedade, segundo alguns especialistas na matéria, economistas e estudiosos vários, nas décadas mais próximas irá conduzir ao desemprego cerca de 47% da população ativa atual.

 

Para além dos numeros aterradores a novidade é que ao contrário do que seria de esperar, não é sobre as profissões mais básicas que este flagelo irá incidir, mas sim sobre aquelas que hoje são a alma do tecido social, professores, médicos, técnicos em geral, ou seja gente qualificada, a que constitui aquilo que denominamos de classe média e que corresponde ao verdadeiro motor da economia tal como funciona. É que os computadores não vão substituir canalizadores ou empregadas de limpeza, mas serão opções em muitos aspetos do mundo do trabalho que exigem mais qualificação, ou pelo menos assim entendidos, como na transmissão de informação útil à vivência em sociedade, ou a fornecer diagnósticos médicos. Não é dificíl perceber onde este caminho poderá conduzir.

Por outro lado, como sempre e felizmente, há o outro lado da barricada, aquele que defende a inevitabilidade deste processo e que só deveremos cavalgá-lo, até porque, dizem, não temos alternativa. Utilizam como argumentos sobretudo a História, nomeadamente o que chamam dos ensinamentos a colher da primeira Revolução Industrial, atualmente estaremos em plena Segunda Revolução, a da Informática. Lembram que por essa altura o discurso dos "arautos da desgraça" era o mesmo, que se estava a assistir a uma espécie de fim da História, que vinha a caminho o desemprego para milhões. Acontece que hoje o paradigma da mudança é completamente diferente, refutam os que alertam para o fenómeno, que se naquele tempo as máquinas vieram complementar os homens, potenciar e substitui-lo na sua atividade fisíca, resultando pelo contrário na  criação de milhões de postos de trabalho, os computadores vêm substituir o seu cérebro, acabando assim por o tornar dispensável em muitas áreas da atividade humana, bem como, no caso da robótica, por fornecer à economia capitalista exércitos de trabalhadores que respondem totalmente às suas exigências.

 

Ameaça ou não talvez ninguém consiga responder com exatidão, mas que constitui um grande dilema e enorme desafio para o futuro ninguém duvida, está aí realidade do atual dia a dia para prová-lo. Ainda assim, talvez a melhor imagem, a possível... para fazer pender o prato da balança para o lado daqueles que defendem a indispensabilidade de um Estado regulador, para não deixar tudo nas mãos dos ditos génios Zuckerberg's e Job's, uma aposta total no deus da atualidade, o empreendadorismo, seja a daquele indivíduo, desde logo seguramente um raro previligiado entre milhões, que acabou de sair de uma operação cirúrgica que lhe salvou a vida, graças a um excecional diagnóstico feito por computador e equipamentos altamente sofisticados, e que quando acorda tem a acolhe-lo para a sua nova vida um par de robot's...estar vivo para quê?

 

 


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"O medo de ser livre provoca o orgulho de ser escravo."
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