- Estádio de Dragão que juntamente com toda a área envolvente forma um conjunto belissímo e raro em obras do género, graças a uma arquitetura com tanto de harmoniosa quanto de arrojada, com largas vistas sobre dezenas de quilómetros, como é reconhecido por quem seja isento e intelectualmente honesto, felizmente quase todos.
- Dragão Caixa que nasceu, improvável, de um buraco onde um dia Pinto da Costa o sonhou, um equipamento ultramoderno encostado ao estádio e que hoje já significa mais de 80% de vitórias sempre que o FCP lá joga.
- VitalisParque no antigo campo da Constituição onde mora a sede do projeto DragonForce, que atualmente movimenta milhares de rapazes e raparigas por todo o país, também na Colômbia, onde a ambição principal, para além da descoberta de talentos para o clube, é a formação de homens e mulheres para a construção de um futuro melhor para todos.
- Centro de Treinos no Olival, também dotado de um miniestádio, onde todas as equipas de futebol crescem num ambiente saudável e tranquilo não obstante a dez minutos do Porto, e com as condições ao nível do que melhor há em instalações similares.
- Um Museu já considerado como um dos mais bonitos e bem equipados do que existe por esse mundo fora, e onde o FCP pode exibir os milhares de troféus que fazem dele o clube com mais conquistas em Portugal, e dos mais vitoriosos e conhecidos internacionalmente.
A este importante património material e notável conjunto de títulos vai agora o FC do Porto juntar um canal de televisão exclusivamente seu, o Porto Canal só parcialmente pertencia ao clube. Mas o mais relevante neste facto, que caso contrário seria comum aos outros grandes clubes europeus, é tratar-se de um canal generalista, portanto muito mais que um simples e fastidioso transmissor de notícias que, por maior que seja a agremiação, fatalmente acabaria por ser, como diáriamente se pode verificar vendo um desses canais que passam horas a fio a transmitir e retransmitir, até algo doentiamente, as mesmas peças. Assim se confirma o FCP muito mais que um clube uma entidade que, com a legitimidade que lhe confere o enorme reconhecimento internacional e a não menor inveja nacional, pretende representar uma região do país que à semelhança de todas as outras outro remédio não tem tido que se vergar ao centralismo de Lisboa e arredores, com todos os enormes e trágicamente visíveis malefícios para a sociedade, consubstanciadas numa assimetria regional que mantém o país sistemáticamente na cauda da Europa, porque refém dos interesses sempre dos mesmos faustosamente acantonados na sua zona de conforto e a verem, de longe, a "paisagem" que é o resto do país.
Se se pensar que a grande fatia de tudo isto foi conseguida nos últimos trinta anos, os primeiros dez após a revolução de 1974 foram para estabilizar um país saído de um obscurantismo de meio século, onde imperou o poder de meia dúzia e a submissão da esmagadora maioria, percebe-se que tal só foi possível graças ao imenso talento, perseverança e incondicional amor pelo clube de um só homem, Jorge Nuno Pinto da Costa. Jamais semelhantes cometimentos seriam alcançáveis por via de um processo sem a omnipresença de uma figura maior, as simples substituíções resultariam em avanços e recuos que naturalmente não permitiriam tanto em tão pouco tempo. Uma figura verdadeiramente ímpar, seguramente mítica como a História o irá provar, que, tal como noutras latitudes, noutras áreas da sociedade, ou noutros clubes, como por exemplo Santiago Barnabéu no Real Madrid, tudo que tocam, qual Pedra Filosofal, transformam em ouro, tão grande é a sua dimensão humana e intelectual. Calhou em sorte ao FC do Porto que, consequentemente, está a criar raízes que hão-de fazer do clube uma instituíção também ela, à semelhança do seu principal criador, ímpar, ao serviço das pessoas na formação de uma sociedade mais justa.