Um dos mais profícuos tempos da arte.
Apesar de me parecer que em cada uma das suas facetas, pintura, literatura e música, podermos encontrar períodos mais ricos (o Impressionismo ou a literatura do séc XX, por exemplo), o romantismo terá sido porventura, no seu conjunto, o mais pujante período de criação, do ponto de vista qualitativo no que a estas três formas de arte diz respeito.
No caso da pintura há dois marcos do romantismo que também são referidos como dignos de figurar ao lado dos melhores, Delacroix e Turner. Apreciar duas obras destes pintores, Liberdade Guiando o Povo, do primeiro, e Mar em Tempestade do segundo, ajudam a explicar porquê.
Na literatura autores como Stendhal, Balzac, Camilo ou Vitor Hugo, falam por si. A ingenuidade, pureza e arrebatamento própria deste movimento artístico é particularmente notável nessa colossal e intemporal obra que é, Os Miseráveis de Vitor Hugo.
É na música que o romantismo tem o seu período mais importante. Bastará nomear Beethoven, Wagner, Tchaikovsky, Liszt, Chopin ou Brahms, só para lembrar alguns, para se perceber a grandiosidade que a música atingiu, em qualidade e quantidade naqueles anos. Recentemente tive a oportunidade de, pela primeira vez, ouvir a 4ª sinfonia de Brahms, que me parece espelhar na perfeição o espiríto daquela época.