semtelhas @ 14:51

Qua, 20/06/12

Ao longo da vida vão reforçando a armadura dentro da qual vivem acabando por torná-la práticamente indestrutível,  intransponível.

 

Em tudo descobrem ameaças, justificação para a sua atitude de desistência da vida transformando esta numa espécie de sobrevivência alimentada pela prazer da desgraça alheia e pelo crescente autocontentamento assente na sensação de segurança, sempre perdido na dúvida desta poder vir a ser insuficiente, logo caindo no ciclo vicioso.

 

Solitários e discretos, tal qual aranhas constroem uma teia onde os incautos acabarão por cair e dos quais, após anestesiamento e imobilização, se alimentam até lhes sugarem a energia até ao fim. Por este processo fazem inúmeras vitímas e duram muito tempo.

 

Consoante a sua constituição podem edificar fortalezas, construir impérios, sugar e destruir povos, as mais raras, ou, no caso das mais comuns, viver em pequenos abrigos onde seguindo a mesma natureza das mais poderosas, vão sobrevivendo da energia alheia.

 

Durante a sua existência nunca dispendem muito esforço, poupam-se o máximo que lhes é possível, resultando daí fazerem pouquissímo seja do que fôr, toda a sua energia é reservada para o momento do ataque, cujo desenlace pode ser rápido, mas também pode demorar, situação em que demonstram uma imensa paciência e uma energia inesgotável.

 

São raras as vitimas da armadilha que conseguem escapar, ainda assim com muita vontade, frenético bater de asas, evitando dar tempo para grandes injeções de anestesiante ou a labirinticos nós e laços da abjeta e enleante teia minuciosamente tecida, é possível fugir.

 

 

Apesar de tudo é possível escapar a este perigo. Evitar frequentar lugares esconsos, gente de princípios duvidosos, dar ouvidos a vendedores da banha da cobra, são bons princípios na maior parte dos casos mas, acima de tudo, muito cuidado nos momentos maus, normalmente rondam por ali, à espera de uma oportunidade. Estes espécimes não costumam resistir a grandes espaços, bem iluminados, a discursos claros, bem fundamentados e sobretudo a qualquer demonstração de amor ou carinho por eles. É como a luz do sol para os vampiros.


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"O medo de ser livre provoca o orgulho de ser escravo."
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