semtelhas @ 16:17

Ter, 12/06/12

O jardim pronto, mais de três horas de trabalho duro, que resulta num contentor, daqueles da rua, cheio, umas quantas mazelas nas mãos, nada que o Betadine, como de costume, não cure, e os recompensadores cinco minutos a olhar a obra. Valeu! está impecável, esta chuva que tem caído pô-lo viçoso, compacto. Agora é desfrutar para, daqui a um mês, voltar à carga.

 

 

Banho tomado, dói-me tudo. Normal, amanhã, seis km na praia e fica tudo nos trinques.

 

Já na cozinha, enquanto, o micro ondas faz o seu trabalho, pôr a mesa e ligar o rádio. Está a passar Beethoven, sinfónica de Lisboa com Pedro Burmester, fixe!

 

Almoço. Posta de salmão grelhada, três batatas, um oitavo de uma couve branca, e uma cenoura, tudo cozido e regado com azeite suave. Um branco mediano, fresco. Uma laranja, ou melhor, o sumo de uma laranja, tirado dos gomos. Dois em dois. Uma pequena porção de pão seco, em bocadinhos, com doce de abóbora, caseiro.

 

Tudo arrumado. Chega a hora do computador. Comunicar. Interromper(?) a solidão. Escrever estas linhas. Outra divisão, outro rádio, outra música. Grieg, concerto para piano. Magnifíco. Seguir-se-á João Paulo Borges Coelho, O Olho de Hertzog, as andanças dos alemães na guerra contra os portugueses e os ingleses, em África, durante a primeira grande guerra. Temos uma história fantástica e escritores fabulosos para a contar.

 

Não sei até que ponto uma vivência dura, durante a infância e a adolescência, no sentido do ambiente familiar ser pouco harmonioso, a educação rigída, cheia de regras e muita austeridade, mais rica em castigos e escassa em reconhecimento, e se, apesar de tudo, se consegue escapar minimamente equilibrado dessa espécie de vida militar na qual a autoridade é exercida em nome dos bons princípios mas, também, fruto de alguma prepotência de quem dirige o quartel, não tem algo de positivo. Por um lado as expectativas ficam baixas, aprende-se a encontrar valor nas coisas mais simples, por outro talvez se mate a ambição.

 

 Ainda assim, quando hoje vejo os exageros no sentido inverso, uma vida de facilidades, um mundo de permissividades, para depois, como atualmente se constata, perante as dificuldades da vida real, o que sobra é muita frustração e violência resultante do vazio provocado pela estado de insatisfação permanente, fico na dúvida. Sendo tão óbvio que a virtude estará algures no meio, quanto o é o ser dificíl consegui-lo, qual será o mal menor?


direto ao assunto:

"O medo de ser livre provoca o orgulho de ser escravo."
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