semtelhas @ 12:03

Sex, 31/08/12

Assistindo à cerimónia de abertura dos jogos paralímpicos foi crescendo em mim, até um determinado momento, uma sensação de que algo não fazia sentido, como que assistisse a uma macabra exposição das diferenças entre os atletas que faziam o espetáculo, e a harmonia consubstânciada neste através da simetria dos desenhos que íam evoluindo no palco, da música, das cores, das luzes.

 

Aqui há uns tempos, face a uma observação que fiz a propósito de uma mulher que passava, alguém me dizia que os meus "níveis de exigência" estavam a baixar. Fiquei a pensar naquilo. Na verdade dei comigo a encontrar beleza em todas as mulheres. Refletindo percebi que, à semelhança de quase todos, andei anos e anos nesta roda louca, preocupado em enriquecer e parecer melhor que os outros, pouco tempo me sobrando para olhar quanto mais para ver. Só desde há uns anos comecei a reparar naquele olhar desafiador, na melena atirada para traz ou o ombro para a frente em jogo de sedução ou simples trejeito que, em si mesmos, trazem o essencial e que de realmente belo todas as mulheres têm, o feminino.

 

Assim, quase sem dar por nada, tinha percorrido o caminho que leva a ver para além do que o olhar oferece. Tinha aprendido a procurar e encontrar a beleza que em tudo existe.

 

Acredito ter sido esta forma de descodificar o filme que se vai desenrolando à nossa frente, que me fez resistir, não mudar de canal e realmente apreciar a evolução daquelas pessoas diferentes no enorme palco. Se observar-mos atentamente os olhos de Stephen Hawking o que vimos é um maravilhoso universo de inteligência. E o que dizer do entusiasmo e da alegria que Simone Fragoso nos transmite a todos?

 

 

 

Num mundo quase absolutamente refém, anestesiado, hipnotizado por conceitos rigídos de beleza, um reino de jovens (vítimas de cantos de sereia e fracas compensações), é preciso muita vontade e resistência para não ceder e conseguir, diria mesmo ousar, ver para além do que nos querem vender. São para isso de decisiva importância estes eventos e, sobretudo encará-los numa perspetiva descontraída, livres dos medos castradores, estes sim inibidores do desejo de a eles assistir, com que nos procuram atingir agitando ameaças, mais ou menos veladas, de que "pode acontecer a todos".

 

 NOTA: Em tempos li uma obra muito interessante que explica esta nova(?) maneira de olhar que, na ocasião, e da forma que expliquei, já tinha descoberto, ainda assim ajudando a consolidar ideias, chama-se A Profecia Celestina e é de James Redfield (como o título pode enganar, devo dizer que relata uma aventura no Peru).


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semtelhas @ 10:44

Qui, 30/08/12

 Que justiça? Pergunta Thor Vilhjálmsson no seu livro, Arde o Musgo Cinzento.

 

De volta à paisagem natal, Islândia, um juiz educado e formado no sul da europa, vê-se convocado pelo seu pai para o substítuir e confrontado com uma realidade em tudo diferente da que tinha deixado, de volta aos cenários de infância que com eles recuperam  fantasmas e trazem inseguranças. A vastidão, a rudeza, a beleza pura dos elementos, e a crueza a simplicidade genuína, a frontalidade desarmante das pessoas muito perto e em comunhão intrinseca com a natureza, quase iguais no bom e no mau, abalam profundamente um homem que pensava ter encontrado a verdade pela vivência intensa num mundo frenético, a maturidade. Posto perante a necessidade de julgar um crime, cai num dilema moral que o leva a pôr tudo em causa. Nas origens e de volta ao princípio.

 

Islândia da primeira metade do séc. passado, um país ainda completamente mergulhado num sistema de subsistência, quase exclusivamente agrícola, sustentado por uma sociedade estruturalmente básica. Cenário ideal para o confronto entre os beneficíos e maleficíos de leis iguais, pretensamente justas, independentemente do meio ambiente em que são aplicadas. Será possível fazer os mesmos juízos, aplicar as mesmas sentenças, a alguém que praticou um crime(?) no meio das montanhas, do qual nunca saiu, que não sabe ler nem escrever, que tem uma visão do mundo restrita à pequena aldeia onde sobrevive, trabalhando sol a sol, sofrendo todo o tipo de inclemências da natureza e dos seus semelhantes, ou a quem interage com milhares de pessoas cultas e informadas dentro de uma urbe plena de conforto e segurança? Com que direito alguém chegado deste paraíso pode estabelecer regras, julgar e castigar os sobreviventes daquele inferno? Por ser mais esclarecido? Perante o ato de punição de que lado ficam as dúvidas e a culpa? Nos olhos frios, julgadores, ou nos interrogativos de espanto e medo?

 

Será provávelmente uma fatalidade que as coisas tenham de ser assim. Talvez por isso, continuamos a assistir, ao fundo da rua, como no fim do mundo, à aplicação deste mesmo tipo de (in)justiça. Mas esse facto não é suficiente para que deixe de se colocar a questão: no fim, sentenças proferidas, de que lado ficam as "mãos limpas"? As consciências aquietadas? 


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semtelhas @ 12:18

Qua, 29/08/12

O Braga, ontem, no último jogo de qualificação para champions dos milhões.

 

Sem dúvida que atendendo às receitas que o clube encaixa com este resultado, terá sido prometido aos jogadores um chorudo prémio em dinheiro. Concerteza que lhes interessa jogar na maior montra do futebol mundial, para futuras eventuais transferências a caminho de clubes mais poderosos e de salários muito melhores. É obvio que se trata de uma instituição onde, nos últimos meia dúzia de anos, tem imperado a qualidade que advém do profissionalismo. Mas isto tudo não chega para explicar aquilo a que ontem pudemos assistir.

 

 

Se antes do jogo alguém afirmasse que o terceiro classificado do campeonato português, ía "esmagar" o quarto do italiano, todos iriam pensar que tal prognóstico só poderia ter partido de algum desiquilibrado fanático bracarense. Acontece que foi isso mesmo que se passou. Durante a quase totalidade dos cento e vinte minutos de jogo, foi o Braga a única equipa que quis ganhá-lo, literalmente empurrando os italianos para junto da sua baliza. Basta analisar as estatísticas para fácilmente o constatar. É verdade que o estilo dos transalpinos vive desse sistema manhoso, oferecer o espaço e, depois, em contra ataques rápidos, prévia e muito bem estudados, desferir golpes mortais. Tinha acontecido no primeiro jogo e tornou a acontecer ontem. Simplesmente não chegou para bater uma equipa formidável, sobretudo em personalidade, fantástico! Aquela gente nunca duvidou da vitória. Que calma! Que classe! E a força? Espantoso o que a motivação pode fazer! A Udinese, a seguir aos três grandes de Italia, Juve, Milan e Inter, e juntamente com outras como a Fiorentina por exemplo, é uma das melhores equipas de um dos mais importantes campeonatos do mundo. Todos os jogadores sabiam exatamente a sua missão em campo e desempenharam-na com brilhantismo e até à exaustão. Um verdadeiro exemplo!

 

Desde há alguns anos a esta parte, penso que coincidindo com a liderança do atual presidente, que o Braga tem vindo a traçar um rumo que pode conduzir a grandes cometimentos. Qualquer semelhança entre os orçamentos do futebol italiano e o do português é pura coincidência. Coisas como a que assistimos ontem só acontecem porque quem lidera o processo tem muito valor. O suficiente para, durante anos, suportar tudo em nome de um projeto que sabe rigorosamente para onde quer ir. Se atentarmos nos treinadores que por lá têm passado, de onde vinham, para onde foram; no critério de contratação e dispensa de jogadores; na politíca de comunicação e de gestão em geral, etc., percebemos que nada do que está a acontecer é por acaso. Aliás, se observarmos bem, fica até uma sensação de dejá vu. Se fôr o caso, é só mais uma grande prova de inteligência de Antonio Salvador, são os melhores quem devemos seguir.

 

Já tardava o surgir de mais um clube do norte com este perfil, com esta força, afinal o espelho da realidade sócio-económico-financeira do país, só não muito mais forte e evidente devido ao sufocante centralismo que teima em prejudicar precisamente as zonas que, se apoiadas, podiam ser muito mais profícuas para todo o país. Concretamente o Minho onde, por exemplo, a número de pessoas nascidas é muito superior à média nacional. Maior prova de vitalidade e confiança no futuro?

 

Voltando "à bola", acredito que este Braga se vai tornar num caso sério, assim não esmoreça perante os muitos obstáculos que lhe vão aparecer pela frente, os legitímos e os outros. O Benfica já sentiu o poderio dos minhotos. O FCP que se cuide...


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semtelhas @ 13:05

Ter, 28/08/12

Há medida que vou ficando mais velho e acumulando mais informação, mais me vou apercebendo que excluindo os diferentes níveis de educação e cultura, as várias formas como as sociedades humanas se comportam, no essencial, se repetem.

 

Todos temos óbviamente um papel a cumprir neste "teatro de guerra" para que as coisas vão fluindo graças a um equilibrio, mais, ou menos precário, que a natureza, para não entrar noutros menos prováveis e, por isso, mais tortuosos caminhos, se encarrega de "pôr nos eixos".

 

Para o bem e para o mal, a grande e esmagadora maioria de nós tem um papel passivo no processo. Teria mesmo que ser assim. É toda aquela imensa massa  (pouco ou nada) crítica que justifica e faz funcionar a máquina. Para todo o qualquer efeito, no fim, é realmente e sempre olhada no seu todo, avaliada pelo seu peso e não pelas suas características, pela quantidade e nunca pela qualidade. Independentemente do estado de evolução, (no sentido mais vasto do termo "tecnológico") da sociedade em análise, é sempre encarado como apetecível por quem a dirige. Só mudam os processos. 

 

Há depois um conjunto infinitamente mais restrito de pessoas que estão numa espécie de limbo. Pelas mais diversas razões, capacidades intrínsecas, educação, incapacidades fisícas, etc., já vislumbraram, ou perceberam mesmo as regras do jogo mas, pelas tais idiossincrasias, normalmente a sua vida é consumida nessa espécie de estado intermédio. Acredito serem as mais sacrificadas desde logo porque usadas e abusadas quer pela exigências das pessoas enquanto grupo, seja ele de que tipo fôr, quer pelo poder dominante, quer, sobretudo, pela indefinição na  qual a sua existência acaba por se tornar, penalizando-se a si próprias por serem incapazes de assumir uma posição clara perante a vida, ou seja perante os outros e especialmente sobre si próprios. Acaba por se tornar numa questão de confiança, ou falta dela, própria ou alheia, pelo fraco sentimento de pertença a esta ou aquela situação social.

 

Sobram aqueles que traçam o destino de todos nós. Os escassos eleitos que para o pior e para o melhor tomam as decisões que realmente contam. Os que detêm o poder. Todos os poderes. Político, económico, cientifíco, artístico. Neste como nos dois casos anteriores há os mais diversos tipos de pessoas, colar-lhes um rótulo é sempre redutor, porque muito discutível, extremamente falível, infinitamente duvidoso vindo, como sempre e fatalmente vem, de um semelhante.

 

Ainda assim, prova paradigmática e também estigma, da minha condição humana, não resisto há tentação de colocar acima de todos, neste último grupo, dos eleitos, aqueles que conseguem libertar-se de todo o ódio, de toda a ira, de toda a inveja, que aprenderam a respirar bem fundo e tranquilamente, que se libertaram de todos os medos, que aprenderam a aceitar as contrariedades como fazendo parte do processo, alcançando assim um estado misto, de harmonia consigo próprios e com os outros, e de disponibilidade para colaborar ativamente no bem estar comum o que lhes dá um sentido à vida. Felizardos!


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semtelhas @ 12:29

Seg, 27/08/12

 

Provávelmente não existe explicação etimológica para esta palavra, mas se pensarmos em três Amstrong, Neil, Lance e Louis, a palavra "forte" parece não estar ali por acaso.

 

Terá sido a minha primeira, e uma das raras "diretas". Com dez anos e vivida juntamente com o meu pai numa muito quente noite de julho de 1969. Foi com enorme entusiasmo que assistimos aquelas horas que antecederam e o momento em que Neil Amstrong pisou o solo lunar. Consciente do que tal passo representava para a humanidade, se não do ponto de vista cientifíco, seguramente do político, foi o meu pai o responsável por me ter aguentado firme até às seis da manhã, ou coisa parecida. Num dos momentos altos da guerra fria, discutia-se a liderança mundial entre os EUA e a União Soviética que, haviam alguns anos, tinha sido pioneira na conquista do espaço ao colocar, pela primeira vez, um ser vivo a orbitar a Terra ( a célebre cadela Laika). Por cá vivia-se a esperança de uma abertura ao mundo, que o acidente de Salazar havia possibilitado, e de que aquele momento era paradigma. Portanto um tempo de mudanças, de esperança, ainda muito longe do cinismo que hoje impera. Para além disso tratava-se de uma missão nunca realizada e, por isso, ninguém sabia ao certo o que ía acontecer. Lembro-me perfeitamente de quando vimos as primeiras imagens lunares, procurarmos ávidamente pequenos extraterrestres a espreitar algures por trás das pedras ou a surgir da poeira. Não aconteceu, mas não deixou de ser profundamente emocionante, depois de horas de dúvidas e hesitações, ver aquele senhor aos saltos naquela mesma lua que eu nos dias anteriores tão atentamente tinha perscrutado, e nos seguintes havia de vigiar ou sonhadoramente admirar.

 

 

 

Tinha (tenho?) uma enorme admiração pelo homem. Não é qualquer um que vence o cancro e depois ganha sete voltas à França em bicicleta. Acompanhei algumas etapas e aquilo cansava só de ver! A maneira como ele arrancava por ali acima, naquelas estradas dos Pirinéus e dos Alpes, deixando como que parados todos os adversários era desumana. Mais novo tinha visto coisas parecidas, protagonizas especialmente por Eddy Mercks, também por Luís Ocana, mas aquilo era demais. Infelizmente, e a confirmar-se o que se diz, era mesmo desumano por ser batota. Já há muito se fala que Lance Amstrong foi o percursor das transfusões de sangue totais, única forma de contornar a questão do doping. O problema, eventualmente estará mesmo aí, ao tempo dos factos aquela situação não estaria identificada como ilegal. A dúvida subsiste. Ainda assim ficam algumas certezas: trata-se de uma pessoa fora do comum, de uma força de vontade inquebrantável, e que esta problemática, a par de outras semelhantes,  nomeadamente da engenharia genética e da ética, ou falta dela, associadas, está longe de beneficiar de uma legislação esclarecedora. Também é verdade que será quase como querer acompanhar um comboio em andamento correndo ao seu lado, mas algo terá que ser feito.

 

De Louis Amstrong só coisas boas. Pioneiro de um certo jazz, idolatrado por muitos, amado pelos seus pares, único no estilo como tocava trompete e sobretudo possuídor de uma voz inconfundível, talvez aquela que mais "alma" transmitia, cumpriu sem mácula a via sacra dos negros daqueles tempos, tornando-se o ícone que todos conhecemos. Música, cinema, artes plásticas, intervenção politica e cívica, tudo a grande nível. Um verdadeiro herói. Para além do hino ao amor que representa o seu, literal e musical wonderful world, acho os duetos com Ella Fitzgerald autênticas e intemporais obras primas.

 


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semtelhas @ 12:43

Dom, 26/08/12

Todos os fins de  semana, a BBC World realiza um programa, tipo prós e contras, que vale francamente a pena o esforço para perceber que eles estão a dizer. Chama-se, Inteligence Squered e dura cinquenta minutos.

 

Uma vez escolhido o tema são convidadas quatro personalidades profundamente informadas sobre o assunto em discussão. Há um moderador que faz a introdução, passa a palavra de interveniente em interveniente, dá os resultados de uma sondagem e, perto do fim, se, por qualquer razão, lhe parece oportuno interferir, permite-se pôr uma ou duas questões. Na plateia algumas centenas de pessoas. As que o solicitarem podem falar um, dois minutos no máximo, após uma primeira parte na qual, um a um, em pé no meio do palco ocupando o lugar do moderador que se desloca para a "sombra" das luzes. Cada especialista tem uma exposição de cerca de cinco minutos. Depois dá curtas respostas quando para isso é solicitado ou no caso de se sentir interpelado por algum colega da "oposição". As pessoas sabem as regras do jogo e cumprem-nas mas, se mesmo assim, se alongam ou caem na tentação de perder objetividade, são automática e firmemente reconduzidas ao debate pelo moderador. A meio do programa, após a defesa de cada um dos pontos de vista pelos quatro protagonistas, é-nos dado um primeiro resultado de uma consulta ao público televisivo. No fim ficámos a saber quem ganhou o debate.

 

Este fim de semana o programa realizou-se em Sidney, no edificío da ópera, e estava à discussão uma moção que defendia que a Austrália não deve temer o poder da monstruosa e vizinha China. De um lado argumentos como: a China está a promover uma abertura à sociedade, dentro e fora do seu território; não pode ser temida militarmente pelo simples facto de estar muito longe do poderio da alguns dos seus vizinhos (Japão, Coreia do Sul, etc.); continuará a ter, durante muitos anos, um PIB muito baixo, ao nível do Egipto ou de El Salvador, não constituindo por isso, grande ameaça. Do outro: as perseguições politícas e as restrições à liberdade de expressão continuam; as agressões a territórios ocupados não abrandaram, nomeadamente no Tibete; fazem chantagem com os países vizinhos por terem 80% da água existente na zona, e com todo o mundo por serem donos das maiores reservas de alguns dos minerios mais importantes nos dias de hoje; apoiam a escravatura na Zâmbia onde têm muitos interesses ou a ditadura no Zimbabué; sendo uma grande potência, com a agravante de já o ter sido, o que cria amarguras e nacionalismos, vai tentar "mudar o mundo" a seu favor.

 

Na primeira apresentação do resultado da consulta aos espetadores havia quase um empate técnico a três, entre as duas posições oponentes e os que não tinham opinião. No fim, e por esmagamento, ganhou o não à moção, os australianos devem, portanto, temer, ou no minimo estar atentos ao poderoso vizinho do norte. Esclarecedor. Também muito significativo, especialmente para nós em plena discussão sobre a importância de uma televisão com qualidade, o facto de práticamente terem desaparecido da sondagem os espetadores sem opinião. Está tudo inventado, porque não seguir os melhores exemplos?   


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cores da lua @ 11:57

Dom, 26/08/12

 

 

 

Já quase todos nós tivemos a oportunidade de reclamar, verbalmente, junto de qualquer entidade ou serviço. Mas quando se pede o livro de reclamações, as coisas mudam completamentede figura. Eu uso-o sempre que necessário. Palavras, leva-as o vento.

 

As petições funcionam como o livro de reclamações. De que adianta reclamar se não expressarmos o nosso descontentamento de forma inequívoca e oficial? Façamos uso das armas que temos ao nosso dispor.
CONTRA OS LADRÕES, MARCHAR MARCHAR.

Para:Assembleia da República

EM DEFESA DO PROJECTO RTP2 !

Desde o seu nascimento, a RTP2 constitui uma lufada de ar fresco, promotor de lazer inteligente, apelativo e desafiante para os Cidadãos/ãs que se querem adequadamente informados, formados e agitados culturalmente, que ampliem as suas capacidades de agirem e reflectirem para um humanismo à altura dos globais desafios que a "Aldeia Global", complexamente, encerra e exige.
Projecto Cívico-Cultural que vem aliando formação, lazer e divertimento, através duma grelha diversificada nos estilos e conteúdos. Projecto que conquistou um fiel e exigente público de muitas dezenas de milhares de Pessoas e Famílias, que não se querem render a uma massificação anestesiante, desfocada e limitativa dos amplos horizontes e facetas que todos nós encerramos e praticamos.
Projecto que se constitui, assim, num real Serviço Público, promotor da elevação cultural, educativa e da vida social, incentivando os sentidos e racionalidades de que somos constituídos.
Projecto que, se abandonado, constituiria um rude golpe nas mais nobres aspirações dos Portugueses num Mundo Melhor.
Por estas sintetizadas razões, pedimos e exigimos que o processo em curso de Privatização do Serviço Estatal de Televisão, não seja feito à custa do Projecto RTP2, alienando este canal ou frequência.
Fica, pois, a Petição para que a Assembleia da República intervenha no sentido da preservação e aprofundamento do Projecto RTP2 !


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semtelhas @ 12:09

Sab, 25/08/12

Acontecimentos vários têm vindo a pôr em causa esta visão que têm e temos de nós mesmos, enquanto nação.

 

Não tem sido fácil libertarmo-nos do salazarento, e já bafiento manto de "songuinhas manhosos", sempre na sombra, aguardando pelas migalhas que vão sobrando para garantir a sobrevivência com o menor esforço possível. Começam no entanto, finalmente, a surgir sinais de estrebucho, procura de ar fresco e de novos horizontes. Foram precisas duas gerações após o ilustre, e para tantos saudoso, ter caído da cadeira.

 

Acontece porém que o mais notório movimento nesse sentido é...sair daqui para fora. Setenta por cento dos universitários prometem-no, todos os meses milhares fazem-no e dos outros só os mais jovens, os mais velhos, e os que estão bem na vida não o desejam. Misterioso este nosso destino de só nos dispôr-mos a arregaçar as mangas "lá fora". Porque será?

 

Ainda antes, e de uma só penada, a prova de que no exterior fomos ativos e eficazes, não ficando nesta matéria a perder em meças com ninguém. Decorre atualmente no Rio de Janeiro uma revolução sobre todos os pontos de vista, e particularmente na construção civil, afim de preparar a cidade para o mundial de futebol de 2014 e para as olimpíadas dois anos depois. Nunca tanto e tão fundo se tinha cavado naquela terra. Os vestigios que estão a encontrar da presença portuguesa, nomeadamente no que à escravatura diz respeito, estão a trazer à luz do dia uma civilização com hábitos e atitudes bem longe do brando. Já o tinha demonstrado, e de que maneira!, Murilo Carvalho, no seu fantástico livro No Rastro do Jaguar. Aquilo é que era "pôr mãos à obra".

 

Porque será então que por cá a coisa vai continuando morninha e, quem quer sentir os horrores do frio ou as delicías do quente, ou vice versa, tem que se pôr a andar?

 

Será por coisas como este extraordinário e cada vez mais kafkiano processo de liquidação da RTP? No qual o Borges, depois das sábias palavras, os pobres que paguem a crise, de volta ao ataque, anuncia o desmantelamento do mais eficaz meio de difusão de educação e cultura, alienado a vendedores da banha da cobra? É certo que o homem tem que garantir receitas para que os amigos continuem a poder pagar-lhe muitos milhares por mês, para os quais se têm mostrado insuficientes os sistemáticos cortes nos miseráveis proveitos dos tais, os que o espécime diz que devem pagar a crise. Afinal recebem para aí 1/100 do que ele ganha, e querem mais? E não é que o inteligente ainda diz, com um sorriso nos lábios, que quem trabalha na televisão pública pode, pura e simplesmente, ser posta na rua? Pena tanta energia e vontade de sacudir o mofo, ainda por cima vindas de um homem do norte (tinha mesmo que ser), desperdiçadas no lado errado(?). Será que se vai perder esta oportunidade de ouro de criar uma televisão, politicamente independente, verdadeiramente ao serviço das pessoas que a pagam?

 

Cá está chegada a hora de, novos, velhos, universitários e sobretudo a chamada classe média, que nos sustenta a todos, ainda antes, ou em vez de emigrarem, darem uma demonstração de mudança para enérgicos costumes, revoltando-se contra aquele que pode vir a ser o maior atentado contra a liberdade, abafando o sopro de cultura que temos, por troca por mais alienação e ignorância. Está tudo preparado, e o chefe da banda é o artista das equivalências, a sebosa e sorridente "mão direita" do nosso primeiro. É preciso mais? 


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cores da lua @ 21:27

Sex, 24/08/12

Acordei ao som desta música. No exacto momento em que se ouve o piano.

Logo o piano: o instrumento que me abraça a alma.

Faz anos que não ouvia esta canção. Humm, soube bem.

 


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semtelhas @ 12:25

Sex, 24/08/12

Lista de livros que, até há meio século atrás, a igreja católica dava a conhecer proibindo a sua leitura.

 

Todos os anos, mais ou menos por esta altura, vários orgãos de comunicação social convidam colaboradores seus ou personalidades ilustres, para fazerem a suas escolhas pessoais de x livros dos quais aconselham a leitura. Já vi de tudo, grandes pequenas, melhores e piores, pretensiosas e sinceras. Há no entanto um fator comum a todas elas, o indisfarçável desejo de quem as faz de dar a conhecer ao mundo a sua própria pessoa. Desejo, mais que legítimo, óbvio e até útil para quem consulta essas listas. Como é evidente aparece de tudo, desde os que só se preocupam em fazer demonstração da sua grande erudição, passando por aqueles que, já fartos de ser incomodados, debitam qualquer coisa e, acredito que felizmente ainda a maioria, os que procuram oferecer um leque variado de escolhas tentando assim atingir o máximo possível de potenciais leitores, o que, mesmo assim, pode ser demasiadamente restritivo. Foi o que aconteceu com uma recentemente publicada no Expresso.

 

Sendo o nosso país um dos que onde menos se lê, quem dá a conhecer estas listas assume alguma responsabilidade. Primeiro porque as pessoas agarram-se a elas "como lapas". Sem qualquer, ou com pouca cultura ou hábitos literários, acabam por se reger quase exclusivamente por esta espécie de aconselhamento de alguém supostamente capaz de o dar. Quem os publica sabe disso, por isso o faz, infelizmente como quase sempre, pondo os interesses economicistas à frente. Esta questão é tanto mais lamentável quanto maior fôr o seu prestigio. Talvez fizesse sentido o Expresso ter guardado para si próprio, enquanto entidade reconhecidamente credível, nomeadamente em termos culturais (publica algumas das melhores revistas do género), a responsabilidade de "completar" a lista de 50 livros propostos por alguns dos seus colaboradores, com alguns títulos óbvia e inexplicávelmente em falta.

 

Será que Os Lusíadas não tem qualidade suficiente para seja que lista fôr deste género? O continente africano não tem um único escritor digno de nela figurar? Naguib Mahfouz por exemplo, o qual ainda possibilita uma viagem fantástica pela cultura muçulmana. E Coetzee, e Doris Lessing? Já nem falo dos de expressão portuguesa, tantos e tão bons. Da américa do sul só Roberto Bolano? Então Gabriel Garcia Marquez, ou Mário Vargas Llosa, para só nomear dois. E os brasileiros? Da China, do Japão ou da Índia, nem um? Pátrias de Confúcio, Buda e do espiríto samurai são assim tão irrelevantes? Lembro Kenzaburo Oi, Arundhati Roy, Gao Xingjian ou Haruki Murakami.

 

Sugerir os clássicos gregos, mesmo sabendo-os de tão dificíl leitura, também Shakespeare ou alguns dos poetas, revela concerteza grande erudição, mas não me parece que ajude muito a criar leitores num país que tanto precisa da educação e cultura, que o leve a perceber onde está o mais importante para fazer escolhas no dia a dia e para o futuro. Ignorar assim com tanta displicência tanto e tão acessível mundo, quase funciona como se de um index se tratasse.

 

Se nem quem tem o conhecimento quer saber, quem o fará?

 

 


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cores da lua @ 22:15

Qui, 23/08/12

 

Não. Não é uma fotografia. É a expressão fantástica pelas mão de Samuel Silva.

Inspirado na top model: Кристина Тарарина

 

Usa, nos seus trabalhos, única e exclusivamente canetas Bic; canetas Bic em 8 cores (espanto-me, sempre pensei haver só 3 cores); técnica, muito talento e  arte.

 

Cereja no topo do bolo: Silva, é o Português Samuel Silva. Venham muitas cerejas.

© Samuel Silva: ART IS JUST A HOBBY FOR ME

 

 

 

© Samuel Silva: questões mais frequentes.

Q:How many colors do you have and what pens are these?
A: I have 8 colored Bic ballpoint pens, for this I used 6 of them plus black. They are just common everyday ballpoint pens.
Q: Where do you get them? I have never seen them.
A: Staples, Ebay, Amazon, and pretty much any good office supply store, just because you haven't noticed them before doesn't mean they don't exist.
Q: Do you use any other medium mixed with the ballpoint pens?
A: No, I just use ballpoint pens for these drawings. Everything is 100% ballpoint pen.
Q: How do you mix the colors? How do you blend them?
A: I don't mix them nor blend them. Ballpoint pen ink dries instantly and can not be erased. I just cross hatch the different colors in layers to create the illusion of blending and the illusion of colors I don't actually have.
Q: Are you a professional Artist?
A: No, I'm just a lawyer, art is just a hobby for me, although it takes from 5 to 50 hours to finish each drawing. I started drawing when I was 2.

 

mais trabalhos do autor


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semtelhas @ 09:58

Qui, 23/08/12

 

 

 

Nascidas do vazio.

Alma de um rio

Tristeza em suspiro

Sentidas no livro

Feitas gemido

O escrito e o lido

Sinais no bandido

Marcas no nascido

Vento enraivecido

Mar bravio

Riso incontido

Amor gritado

Ódio difundido

Nevoeiro dissipado

Tempo guardado

Caminho iluminado

Relógio esventrado

Sol radio

Olhar encandescido

Grilhetas no desgraçado

Renascer do sufocado

Animal assustado

Hábito, sempre usado

Maioritário, informado

Dominante, copiado

E tudo o mais esquecido

Fica o prometido

Correntes ter partido

Nós e laços criado

A mais não sou obrigado.

Acabou, estou cansado.

 

 

 

© Yeong-Deok

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semtelhas @ 10:47

Qua, 22/08/12

 

Os heróis do grande ecrã. Depois dos problemas surgidos com a exibição do mais recente Batman, nunca a questão terá sido tão pertinente.

 

Têm uma fortissíma influência sobre o imaginário dos mais jovens e, por isso, sempre foram utilizados como panfletos ideológicos por quem os criou e sobretudo por quem os promove. Mas, felizmente, alguns conseguiram escapar a esta lógica, ou pelo menos não fazer dela objetivo central, preocupando-se em combater todos os malfeitores, independentemente (ou quase...) de inconfessáveis interesses.

 

Desses destaco o meu preferido, o Super Homem, que aparte pequenas derivas, sempre teve como preocupação essencial lutar pelo bem estar das pessoas comuns defendendo-as do mal personificado por Lex Luthor. Também o Zorro ou Robin dos Bosques têm essa distanciação ideologico-panfletária centrando-se na questão social da proteção dos mais frágeis.

 

Do outro lado da barricada situam-se os nada subtis Rocky e, menos ainda, Rambo, porta bandeiras de um, digamos, "americanismo" básico, por vezes mesmo escabroso, efeito a que não escapa o apesar de tudo muito mais abrangente Indiana Jones. Fora dos todo poderosos EUA, campeões nessa cruzada contra o "mundo do mal", dois exemplos bem distintos. Desde logo na sua forma, um exclusivo da banda desenhada, e o outro à representação humana, Tintim e 007. Como este último nenhum outro personagem lutou tanto, e durante tanto tempo, contra essa origem de todos os perigos que eram " os russos". Poucas coisas terão trabalhado tanto e tão fundo nas mentes ocidentais, como este magnifíco agente secreto, ao serviço de sua britânica magestade, pela "liberdade" do mundo ocidental contra a dita opressão que ameaçava a leste. Tintim, pela mão do seu criador, Hergé, terá navegado por águas mais profundas, subliminarmente promovendo ideias fascizantes e racistas. Eficaz era, nunca dei por nada...

 

O Batman que está em exibição inclina-se mais para o alerta contra o mal e menos para o aproveitamento politico. Longe do puro entretenimento doutros tempos, doutros Batman, Christopher Nolan, fiel ao seu estilo (lembremo-nos de Inception), grita-nos ao ouvido o perigo que são os profetas das guerras no terreno, olho por olho, dente por dente, contra os poderosos deste mundo. Possuídos pelo vírus da violência, mais não querem que uma destruição generalizada, pela qual eles próprios serão voluntáriamente consumidos, única forma de escaparem ao inferno que é a sua existência. Também eles vitimas do sistema são a mais eficaz arma para conduzir ao seu fim, mas a um preço muito elevado, o sofrimento mais ou menos generalizado. A cura pela dor. Mal intencionados vendedores de promessas a que é preciso estarmos atentos, eis a mensagem. Obviamente embrulhada numa série de truques que pretendem, antes de mais, criar receita nas bilheteiras, e que terão resultado em equívocos que já custaram vidas. Tal como se pode duvidar da eficácia da "bondade" inerente à receita proposta para mudar o estado das coisas sócio-económico-financeiras do nosso mundo atual, também é legítimo pensar não ser a mesma totalmente inocente, refém de uma certa maneira ocidental de ver o futuro. 

 

Exemplos? Sim, sem dúvida. Porém, uma questão subsiste, bons ou maus?

 


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semtelhas @ 11:10

Ter, 21/08/12

A diferença entre estas e o simples embuste, está no facto de manterem uma réstia de esperança em virem a ser bem sucedias. A distinção nem sempre é fácil.

 

Das mais recentes retenho quatro. Duas chegam desse país tão rotinado na utopia, a Rússia. Berço de artes levadas ao mais alto nível, literatura, música clássica ou bailado, elas mesmas o caminho para o sonho, criou talvez o maior de todos os anacronismos, o comunismo, procurando libertar o homem enquanto grupo, por via de uma justiça igualitária, amarrando-o na sua individualidade. Refiro-me a Gary Kasparov (dizem que mordeu uma orelha a um policía), e ao grupo rock(?) Pussy Riot. Ambos detidos e correndo o risco de passar uns anos nos calabouços de Putin. Em conjunto representarão concerteza um vasto grupo da população russa. Ele por ser talvez o maior campeão de todos os tempos da história universal do xadrez (agora falo daquele jogado em tabuleiros e já não de gradeado sol aos quadradinhos), homem de meia idade, óbviamente muito inteligente e verdadeiro herói nacional, configura o que serão algumas das melhores condições para tornar uma pessoa credível. Elas por serem jovens e celebrizadas pela sua superpopular atividade entre uma importante faixa etária, não só em número mas também em entusiasmo e capacidade de mobilização. Estará em preparação um explosivo cocktail Molotov? (eis outro grande e "maluco" russo).

 

As Wikileaks de Julian Assange representarão, eventualmente, a maior utopia das últimas décadas. O que a revelação de inumeros documentos trocados entre alguns dos principais protagonistas mundiais em várias áreas, responsáveis por aquilo que é a nossa vida comum enquanto habitantes do planeta fez, foi demonstrar à exaustão quanto são humanos e, portanto, vaidosos, arrogantes, medrosos, brilhantes, sedutores, mesquinhos, falíveis e, sobretudo hipócratas. Acredito que o australiano pretendia mais do que visibilidade e tudo o que esta arrasta atrás. Teve e ilusão de que podia provocar verdadeiros terramotos e saíram-lhe ligeirissímos abalos. Ter-se-á esquecido que por detrás do que aparece na comunicação social, há todo um outro mundo, muito mais pacífico e conivente, no qual muito daquilo que chega ao comum dos mortais é prévia e cuidadosamente ensaiado. Em nome de evitar mal maiores nascidos de hipotéticos e colossais conflitos, as personagens em causa vão distribuindo entre si a esmagadoramente maior parte do bolo, tratando depois de fazer uma espécie de distribuição, bodo aos pobres, pela restante imensa maioria. Segredos verdadeiramente importantes nunca Assange de facto revelou, estão estes senhores demasiado ciosos dos seus lautos interesses para se darem a tais descuidos, mas, mesmo que tal tivesse acontecido, far-se-ía como dizia o outro: mudava-se qualquer coisa para que tudo ficasse na mesma. Como não brincam em serviço já providenciaram umas violações. Não se espere nada de bom.

 

Por cá, a maior queda do céu aos trambolhões foi protagonizada pelo Chico Louçã (não resisto ao "carinho"). Não tenho a mais pequena dúvida que este trotskista acreditava mesmo que era possível levar as pessoas a terem opções e posturas mais solidárias. Que em função de uma politíca realmente inteligente, que teria em conta a capacidade das pessoas perceberem o quanto melhor seria para todos uma mais equitativa distribuição dos recursos, seria possível tornar o país, e o mundo, melhores. O mais espantoso é que chegou a convencer muita gente, tanta que acabou por ser demasiada. É que foram tantos que o obrigaram a olhar, olhos nos olhos, esse montro que é o poder e, com ele, a obrigatoriedade de tomar decisões e, com estas chegou essa malvada destruidora de todos os sonhos e utopias, a realidade. A história está cansada de mostrar que a natureza humana não se compadece com solidariedades, isto é um "toca a acartar pra casa". Se assim não fosse ainda estaríamos "a atirar paus e pedras uns aos outros". Há um preço a pagar. O Chico está a pagá-lo sob a forma de descrença. Provávelmente o pior ainda estará para vir, quando os outrora mais próximos camaradas lhe começarem a apontar o dedo. É assim a vida.

 

Sobra uma pergunta, vale a pena? Proponho como resposta outra pergunta, o que seria de todos nós? do mundo? sem o sonho protagonizado pelos Kasparov, pelos jovens, pelos Assange e Louçãs desta vida?


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cores da lua @ 20:09

Seg, 20/08/12

Psiuuu…

Fala baixinho.

Aqueceu-se nas palavras e sorriu

Entregou-se ao sono, devagarinho

 

Psiuuu…

Fala baixinho.

Sonha agora que dormiu

Sob asas de azulinho

 

Psiuuu…

Fala baixinho

Nas palavras que descobriu

Despertou noutro caminho

 

©coresdalua

 

 

 

 

Foto: Vital Teixeira
in www.wikiaves.com.br

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"O medo de ser livre provoca o orgulho de ser escravo."
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