cores da lua @ 23:31

Qua, 29/02/12

Renoir Degas Monet Van Gogh

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semtelhas @ 14:13

Ter, 28/02/12

Thomas Mann escreveu, entre outras obras, Os Buddenbrook, e a, para mim inesquecível,  Montanha Mágica; Gustav Mahler compôs nove sinfonias, algumas das quais se encontram entre o que de mais harmonioso se criou na música. Em conjunto conceberam A Morte Em Veneza.

 

Tinham em comum, para além do brilhantismo e da profundeza psicológica das suas  obras, caracteres sombrios, melancólicos, como que da falta de algo por cumprir.

 

Em  Montanha Mágica, Thomas Mann quase nos convence que o desprendimento de grandes expectativas sobre a vida, o viver na eminência de ver esta terminada a qualquer momento, a exaltação da existência a cada minuto que passa,  pode levar a uma encantatória doçura no caminho para a morte.

 

O que resulta das composições de Mahler é uma espécie de sentimento de tudo ou nada, de algo de definitivo, de perdido e logo recuperado, num permanente embalo que remete para desenlaces trágico-românticos, ao mesmo tempo de adoração e desespero e, finalmente, para sempre tranquilos.

 

Quando Visconti, com a sua, talvez ainda inegualada, arte de transformar cinema em belíssimos quadros em movimento, envolveu o romance A Morte Em Veneza, de Mann, com o Adagietto da 5ª de Mahler, alcançou  e deu-nos um vislumbre de céu.

 


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semtelhas @ 12:12

Ter, 28/02/12

Se analisada a questão de uma forma simplista a palavra Konigsberg, parece ser a única coisa que une Kant e Woody Allen. O primeiro nasceu numa cidade prussiana com aquele nome e, o segundo, tem-no como apelido. Todo o resto parece separá-los, a não ser, talvez, o facto de ambos serem inseparáveis das cidades que os viram nascer. Ou, talvez melhor, comece precisamente aqui aquilo que mais o distingue, o tempo em que viveram. Ou seja, não obstante ambos serem inseparáveis da sua cidade natal, um podia sê-lo e o outro, por imperativos próprios da época, nomeadamente de todo um outro mundo na forma de comunicar, não.

 

A indispensabilidade da reflexão sobre o mundo que nos rodeia, a absoluta necessidade de ousar pensar e, consequentemente, criticar. A capacidade de sair da zona de conforto, de não se deixar embalar por mitos ou crenças, de encontrar as respostas numa outra maneira de interpretar o eu e a forma de este se relacionar com o outro, são tudo conceitos que podemos encontrar nas vastas e riquíssimas obras destes dois geniais homens.

 

Kant, juntando muitas pistas por outros anteriormente descobertas, inaugurou uma forma como que iluminada de olhar para o mundo, um sair das trevas por via de uma profunda alteração interior, reflexiva, positiva, questionante mas confiante na intrínseca bondade existente, à priori, em cada um de nós. Simbiose das ideias arduamente escavadas da profunda e empedernida massa feita de interesses, hipocrisias e desigualdades de que era(?) feita a sociedade humana durante séc., Kant criou toda uma nova filosofia que veio, ao longo dos tempos, a dar origem a novos e rearmados sábios, verdadeiros faróis para a sociedade. Woody Allen é um deles.

 

Numa obra que assenta num profundo conhecimento cultural, baralhando por completo borolentos conceitos de ética ou estética e, sobretudo fazendo uso de um desconcertante e imbatível uso da mais inteligente forma de expressão humana, o humor, este homem deu-nos obras, verdadeiros gritos de apelo à liberdade do pensamento, que, estou em crer, se tornarão intemporais, e que, tal como Kant, irá ser estudado durante tempo muito para além da sua morte. Só por vir a propósito atrevo-me a nomear a ultima obra, mais um argumento original, Meia Noite Em Paris, na qual o mestre faz uma demonstração brilhante de quanto enganosa é a crença ou mito, de que há épocas imbatíveis, de esses sim! eram os bons tempos. Fantástico banho de positivismo, de crença no tempo que cada um de nós está a viver, no alerta para o não desperdício, para o acordar para a vida, vivendo-a em toda a sua plenitude, pela desistência da auto comiseração e do endeusamento do passado.

 

Não resisto à tentação de pensar que Kant, se vivesse nos nossos dias, seria um hipocondríaco e genial artista nova iorquino, globalmente (re)conhecido, até na remota Kaliningrado, antiga Konigsberg, onde há mais de duzentos anos vivera o célebre filósofo Woody Allen, de onde nunca tinha saído fisicamente, mas na qual tinha feito nascer um dos mais belos conceitos da natureza humana.

 

"Para si sou ateu, para Deus, sou um leal opositor"

"O homem explora o homem e por vezes é o contrário"

"É muito difícil fazer sua cabeça e seu coração trabalharem juntos.
No meu caso, eles não são nem amigos"

"Não quero atingir a imortalidade com meu trabalho, mas sim não morrendo"

"Só há um tipo de amor que dura, o não correspondido"

Não despreze a masturbação - é fazer sexo com a pessoa que você mais ama"

"Separei-me de minha esposa porque ela era terrívelmente infantil. Uma vez, eu estava a tomar banho na banheira, e ela afundou todos os meus barquinhos sem nenhum motivo aparente"

...Somente um amor incompleto pode ser romântico...

"As pessoas boas dormem muito melhor à noite do que as pessoas más. Claro, durante o dia as pessoas más se divertem muito mais"

"Faço análise há trinta anos e a única frase inteligente que já ouvi do meu analista é a de que preciso de tratamento"

"A vantagem de ser inteligente é que podemos fingir que somos imbecis, enquanto o contrario é completamente impossível"

"E se tudo que conhecemos for uma ilusão, e nada existe de verdade? Nesse caso, acho que paguei demais pelo tapete da sala"


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cores da lua @ 20:46

Seg, 27/02/12

Não é habitual, mas aconteceu no momento certo. Dei por mim a acordar, a meio da noite, sem ponta de sono, ocorreu-me de imediato, que tal espreitar os Óscares?

Pouco tempo depois, seria anunciado o Óscar para melhor actriz, mais uma vez oportuno porque era de todos os prémios o que mais ansiava.

 

Estava a sonhar, de olhos abertos, quando anunciaram – Meryl Streep – partilhei, se isso é possível, duma sensação de felicidade, mais que isso, de paz, tranquilidade como se eu, fosse Meryl. Quando os sonhos se tornam realidade!

Meryl, talentosa, sem ondas, sem escândalos, profissional e, acima de tudo, genuína e apaixonada. Só assim se explica.

 

O resto já sabemos, estamos na onda do cinema vintage, retro, tratado de formas diferentes, O Artista, poderia muito bem chamar-se de Hugo. Voltar às origens, neste caso aos primórdios do cinema, não é só uma moda é a necessidade de perceber o quão importante pode ser o que temos hoje, porque pode muito bem ser o vintage de amanhã.

 

Por fim, voltei a adormecer, tal como Meryl se sentiu, uma criança, ao receber seu Óscar.

Quando for grande, quero ser como Meryl!

 

 

 

 


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cores da lua @ 23:17

Sex, 24/02/12

Como sabe tão bem!

 

 

Lilies in the Valley, By Jun Miyake, In Pina de Wim Wenders

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semtelhas @ 18:50

Sex, 24/02/12

Talvez nenhum outro país e o seu povo estejam tão abertos ao conhecimento como a Rússia. Nem por ter estado sob o dominio de um regime soviético extremamente fechado ao longo de mais de meio século, este facto sai enfraquecido. Para além de ter sido lá que Napoleão e Hitler tiveram as suas maiores e mais decisivas derrotas e de, também lá, ter sido testada uma das mais, primeiro utópicas, e depois destrutivas, experiências de organização da sociedade humana, é sobretudo no mundo da arte que aquele povo tem níveis de excelência impares. É fácil conhecer a Rússia lendo os seus escritores do séc. XIX ou ouvindo os seus compositores do sec. XX. Tolstoi, Dostoievski, Turguenév, Gogol, ou Tchékhov, têm todos eles impregnada uma certa forma de escrever, profundamente descritiva do seu país e da alma dos seus habitantes, que se torna quase hipnotizante. Escolher uma obra de qualquer um destes autores é redutor, no entanto, pelos profundidade que atingem na procura pelos recantos da natureza humana, Ana Karenina de Tolstoi e Crime e Castigo de Dostoievki, talvez sejam as mais eloquentes. Tchaikovski, Prokofiev, Rakmarinov, Chostakovich ou Stravinski, representam, só por si, uma boa parte da história da música clássica. Se os italianos, os alemães, os austríacos e os franceses têm escolas fantásticas, talvez nenhuma como a russa seja tão caracterizada pelo seu romantismo. Seria fácil escolher uma das inúmeras e gigantescas obras de Tchaikovski, supremos exemplos das mais belas harmonias que jamais foram escritas, prefiro no entanto distinguir A Sagração da Primavera de Stranvinski, por ter sido completamente incompreendida no seu tempo, de tão à frente que estava no seu estilo simultâneamente suave e explosivo, tal qual o rebentar das flores.

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semtelhas @ 18:09

Sex, 24/02/12

Quando nascem, sem o saberem, já estão marcados, algumas vezes pelos genes, quase sempre pela implacável certeza da impossibilidade de qualquer alternativa. Vão apreendendo, ainda inconcientemente, o quanto são indesejados, o estorvo que representam. As doenças, a irrequietude e o raquitismo são semeados. As primeiras tomadas de consciência são para o ruído, a agressão e o espanto da desarmonia. Crescem a aprender a sobreviver, a defrontrar os primeiros inimigos, com quem partilham o campo de batalha. Continuam a crescer somando maldade, violência, promiscuidade e a mentira ao rol, base para a perversidade. Integram-se nas margens, cada vez mais vastas, possuídas pelo desalento, pelo desamor, das indignidades,da amargura da indiferença, da desistência. Cobram a fatura da vingança. Roubam, matam, vendem-se, escondem-se e destroem-se nas ilusões de fuga. Morrem cedo, vazios. Alivios. Vidas curtas, sobrevivências longas. Alguns salvam-se. Milagres.

 


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semtelhas @ 13:30

Sex, 24/02/12

No manual de psicologia pelo qual estudei no secundário, havia uma definição de humanista que consistia numa silhueta humana em cujo peito dominava um coração enorme e, uma outra, do político, que só diferia da primeira no tamanho do coração, neste caso muito mais pequeno. Terá sido um humanista que disse, a felicidade corresponde à ausência de medos e, provávelmente um politico quem disse, o medo de ser livre provoca o orgulho de ser escravo. Por simples dedução matemática a conjugação destas duas frases resulta na conclusão de que a felicidade é a liberdade e vice-versa. Ou seja, frases ditas por homens de naturezas completamente diferentes podem querer dizer a mesma coisa. Poderão? Foi sempre pelo medo que as sociedades foram criando os seus escravos. Hoje não é diferente. O que mudou foi o tipo de medos utilizados para atingir os mesmos fins. Há no entanto um fator comum, omnipresente nesta equação, a ignorância. Foi sempre esta a ferramenta que ajudou a fabricar multidões infelizes e aterrorizadas. Se no passado se mantinha a ignorância pela pura e simples sonegação de conhecimentos, hoje ela é alimentada por uma inflação de informação, na sua esmagadora maioria sem qualquer conteúdo passível de tornar as pessoas mais capazes para enfrentar e contornar as dificuldades mas, conducente á criação de um qualquer tipo de necessidade, para competir é preciso corresponder a um determinado perfil estético, ter um determinado número de bens ser, enfim, uma sorridente, alegre e vencedora criatura. Talvez compense parar um pouco para pensar, sair do turbilhão que tudo engole, igualizando, arrebanhando, criador de falsas felicidades e verdadeiras escravaturas. Dir-se-á que se foi demasiado longe, que já não há recuo possível, e desse modo, mais uma vez se utiliza o medo como anesteziante. Cabe a cada um de nós dele se libertar para ser feliz. De belas palavras, de magnificas frases de extraordinários conceitos, estamos todos nós, humanistas, politicos e comum dos mortais, fartos. A felicidade pratica-se, a cada momento, perguntando-nos, mas de que é que tenho medo?, o que de pior me pode acontecer?, e descobrir que há sempre uma solução, uma saída, e ter a coragem de, convictamente avançar.

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cores da lua @ 19:11

Qui, 23/02/12


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semtelhas @ 12:57

Qua, 22/02/12

As Benevolentes, de Jonathan Littell e Se Isto É Um Homem de Primo Levi, são dois livros que têm como tema a 2ª guerra mundial.

O primeiro mostra-nos a guerra através dos olhos de um oficial alemão que a viveu do inicío ao fim, passando por vários cenários, Alemanha, Polónia Ucrânia e União Soviética. Livro que resulta da exaustiva procura de documentos comprovativos, durante anos, do posteriormente relatado, é uma longa e esclarecedora narrativa do que é a guerra. Para além de tudo o resto explica-nos como os alemães começaram a perdê-la. Quando se decidiram pela Solução Final, o aniquilamento, puro e simples, de todos os judeus. A resolução de problemas tão básicos como o de terem que fazer desaparecer milhões de corpos, dificuldades miniciosamente relatadas, contra o esquecimento, arrasaram completamente a moral dos nazis, que, tendo começado a questionar-se se estavam no caminho certo, na sua esmagadora maioria, acabaram por avançar, numa completa insanidade mental, alimentada a ódio, alcoól, drogas e sobretudo por uma fatal falta de humildade em reconhecer que estavam errados.

 

 

Se Isto É Um Homem é escrito na primeira pessoa, por Primo Levi enquanto prisioneiro em Auchwitz e Birkenau. Este livro é a prova maior de que, tal como nos é demonstrado em As Benevolentes, a partir de determinado momento, era impossível os alemães ganharem a guerra.

 

A vontade, no sentido mais nobre e intrinseco do termo, e o sentido de justiça são inquebrantáveis. Cai um, caem milhões, mas sobrará sempre alguém para olhar, acusador. Terá sido concerteza extremamente dificil a Primo Levi, no meio de todas as privações, inenarráveis sevicías, absolutas indignidades, conseguir tirar as notas que viriam a tornar-se nesta obra paradigma da humanidade. Aguentámos tudo, ou quase, assim estejámos convencidos na posse da razão.

Refletindo sobre estas obras não deixa de ser curioso como, se por um lado estes autores tão bem conseguiram expôr a guerra ao ridiculo, por outro, pensando nos dias que correm, se fica com a amarga sensação de que talvez, só talvez, também ela terá o seu lado positivo.


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semtelhas @ 12:21

Qua, 22/02/12

A histórica relação entre poder e estética nunca foi pacífica. Atraem-se mutúamente porque, para atingirem a perfeição que procuram, precisam absolutamente um do outro. Como, quando levados ao extremo, são muito inteligentes e persistentes, conseguem construir grandes obras mas, como também têm em comum um egoísmo profundo, vão-se desgastando implacávelmente um ao outro, acabando por criar um mundo de descrença, desolação e destruíção à sua volta. O nazismo e o comunismo estão aí para o provar.

É curioso observar como, salvaguardando as devidas proporções o mesmo efeito é produzido na relação entre pessoas. Imaginemos, primeiro, uma Vivien Leigh tal qual as suas personagens em E Tudo o Vento Levou ou em Um Elétrico Chamado Desejo, bela, sonhadora, ao mesmo tempo (aparentemente) frágil e predadora. Depois O James Cagney dos filmes, sedutor, algo carente mas corajoso e ambicioso. A convivência entre estas duas personalidades que, inicialmente, tem tudo para resultar brilhante e fecunda encerra, no seu intímo, uma luta de interesses, de lideranças, que pelo desgaste mutuamente causado por resultar em algo desolador. Sendo certo que, tal como nas sociedades, este tipo de desolação tenha também a ver com as altas expectativas iniciais, não deixa, por isso, de ser um facto.

  

   

 


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cores da lua @ 22:01

Ter, 21/02/12

By Michel Rojkind and Alberto Villarreal

Controlo electrónico do jogo, via wireless, dentro do campo:

- luz interior, muda de cor conforme a situação do jogo
(golo, fora de jogo, fora de campo)
- regista a força e velocidade do pontapé
- localização da bola, via GPS, relativamente ao campo
- registo de imagem
O que se ganha, o que se perde?

 


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semtelhas @ 14:09

Seg, 20/02/12

trailer

 

Deixar de cheirar, sentir, ouvir e finalmente ficar cego para poder ver, entrar num mundo harmonioso e tranquilo (o tal? o do fim do túnel de luz?), foi a receita em Perfect Senses. Triste destino, mas não deixa de ser uma receita.

O que nos dá Eu Vi o Diabo são perguntas. Só. De um lado um psicopata resumo do caminho do costume: sociedade impessoal, supercompetitiva e consumista, a solidão. Depressão, mania da perseguição, esquizofrenia, psicopatia. Do outro o policia, a ordem, a moralidade e, também, a mesma sociedade problemática. Pelo meio violência, muita violência. Nunca vista e, no entanto, possível, verosímel. Admissível?

O espectador não sai inocente, gostou do sangue, da vingança e, depois, sentiu-se culpado, conivente. Arrependido?

Onde está a doença? A loucura? No psicopata "oficialmente" doente? No policia supostamente são? Na arte de fazer sofrer são, ambos, imbatíveis.

A quem serve melhor o prazer de magoar? A quem não tem nada a perder e faz disso o seu desesperado grito de clemência: matem-me!? Ou a quem tem tudo a perder mas é impossível viver sabendo respirar o mesmo ar do assassino? O que sobra de sanidade mental? O que é isso? Onde está a fronteira? Quem é o diabo?


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semtelhas @ 17:35

Sab, 18/02/12

A música dita classica ou erudita, na verdade eterna, continua a não ter paralelo sob os mais diversos pontos de vista, sendo que o mais óbvio será, porventura, a forma como resiste ao tempo. O exemplo maior que temos tido é quando, uma qualquer melodia pop, rock ou outra qualquer, e desde que tenha estrutura para tal, se converte numa sinfonia ou outra forma de interpretação clássica, adquire assim como uma espécie de verniz de eternidade. Há, no entanto, uma forma de expressão musical que, em muitos aspetos é bastante compatível com a música clássica, o jazz. Este estilo musical, ainda que também ele ligado a questões culturais do seu tempo, portanto efémeras, pela sua profunidade tende a durar mais na memória, sobretudo quando interpretado na sua forma original, o que confirma a sua perenidade. Outro fator que atesta os muitos pontos de contacto que há entre a clássica e o jazz é o sem numero de artistas capazes de desempenhar ambos os estilos musicais. Podia escolher entre dezenas. Stéphene Grappelli porque toca jazz com violino, um dos, senão o, mais importante dos intrumentos clássicos e, sobretudo, pelo seu virtuosismo, será um dos melhores exemplos.

 

Stephane Grappelli - Stardust

 


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semtelhas @ 17:03

Sab, 18/02/12

Por vontade do sol e do vento, do azul,vermelho, amarelo e roxo, cores de gritos de sobrevivência das flores da areia, quero fundir-me com o mar, as pedras e o odor matinal dos seres que lá habitam. Ser evaporado para as nuvens brancas, feitas castelos sem dono, nem destino, plasmadas no céu magnifico, origem do azul turquesa da crista das ondas e desta sensação de climax das papilas à alma. Cair em gotas, condensação de mim, sobre o rosto da mais bela das ninfas, misturar-me com a saliva à espreita por entre os seus lábios carnudos. Quero eternizar-me na paz do não querer ou ser, na tranquilidade liquida do estado intermédio, nem reta nem circulo, nem preto nem branco, nem quente nem frio, mas sim elipse morna e colorida, azul, verde, vermelha, lilás, amarela e laranja. Lá, ao longe, no fim do arco-irís, onde me espera o nada que tem tudo, e o tudo que é o nada.

 

 


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"O medo de ser livre provoca o orgulho de ser escravo."
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