Por vontade do sol e do vento, do azul,vermelho, amarelo e roxo, cores de gritos de sobrevivência das flores da areia, quero fundir-me com o mar, as pedras e o odor matinal dos seres que lá habitam. Ser evaporado para as nuvens brancas, feitas castelos sem dono, nem destino, plasmadas no céu magnifico, origem do azul turquesa da crista das ondas e desta sensação de climax das papilas à alma. Cair em gotas, condensação de mim, sobre o rosto da mais bela das ninfas, misturar-me com a saliva à espreita por entre os seus lábios carnudos. Quero eternizar-me na paz do não querer ou ser, na tranquilidade liquida do estado intermédio, nem reta nem circulo, nem preto nem branco, nem quente nem frio, mas sim elipse morna e colorida, azul, verde, vermelha, lilás, amarela e laranja. Lá, ao longe, no fim do arco-irís, onde me espera o nada que tem tudo, e o tudo que é o nada.